Um balde de água fria nos fãs da Bend Studio
Para a infelicidade de uma parcela apaixonada da comunidade PlayStation, as esperanças de ver Deacon St. John retornando à estrada foram oficialmente encerradas. Kevin McAllister, gestor de comunidade da Bend Studio, veio a público para colocar um ponto final nas especulações, desmentindo qualquer rumor sobre o desenvolvimento de uma sequência para Days Gone. McAllister adotou um tom sério e pediu desculpas aos jogadores, lamentando que a comunidade tenha sido alimentada com falsas esperanças e informações imprecisas, muitas vezes disseminadas por pessoas em busca de engajamento e “likes” nas redes sociais. A mensagem foi clara: o estúdio não está trabalhando na franquia, mas sim focado inteiramente em uma nova propriedade intelectual (IP).
Essa declaração surge como uma resposta direta ao hype gerado recentemente, o qual McAllister atribuiu a “ex-desenvolvedores” da empresa. Embora não tenha citado nomes, a referência aponta para figuras como John Garvin, ex-diretor criativo que frequentemente expressa sua frustração com a recepção do jogo pela Sony e pela crítica, tendo inclusive mencionado nesta semana que seus planos originais envolviam uma trilogia. Outro nome implícito é o de Jeff Ross, diretor do jogo original, que deixou a Bend Studio e, em 2022, revelou ao Eurogamer que a gestão da Sony sempre tratou o título como uma “grande decepção”, rejeitando a ideia de uma continuação. Para a atual equipe da Bend, no entanto, é hora de virar a página e seguir em frente.
Activision ajusta o grind em Call of Duty
Enquanto um estúdio encerra um capítulo, a Activision tenta corrigir o curso de seu principal produto. A empresa revelou mudanças significativas no sistema do Passe de Batalha para a Temporada 1 de Black Ops 7, visando tornar a progressão muito mais ágil. Reconhecendo as críticas recorrentes dos jogadores sobre a demora para desbloquear conteúdos — mesmo nas versões pagas ou na cara edição BlackCell —, a publisher afirmou ter utilizado dados de Black Ops 6 para realizar ajustes de “sintonia”. O objetivo é oferecer uma jornada mais satisfatória e recompensadora pelo tempo investido in-game.
A nova dinâmica altera a estrutura das páginas do passe. Agora, os níveis iniciais exigirão menos esforço para serem completados, permitindo que os jogadores desbloqueiem os itens de “Alvo de Grande Valor” (HVT) mais rapidamente. As páginas finais, por sua vez, concentrarão uma quantidade maior de recompensas. A Activision promete que, com isso, o conteúdo premium será acessado mais cedo ao longo dos 100 níveis. Outra novidade relevante é a inclusão de tokens de batalha como recompensa por desafios diários. Em dias específicos da temporada, completar o desafio bônus garantirá um token para desbloqueio imediato de nível. Essa mecânica não se limitará ao Multiplayer ou Warzone, estendendo-se também aos modos Zombies, Campanha Co-Op e Endgame.
Desafios de mercado e vendas mornas
O Passe de Batalha da Temporada 1 trará até 1.100 COD Points, 11 skins de operador e 26 projetos de armas, totalizando 119 recompensas. Contudo, essas melhorias na “qualidade de vida” do jogo chegam em um momento delicado. Dados recentes indicam que as vendas de Black Ops 7 estão performando abaixo do esperado, ficando atrás dos números de Battlefield 6 e até mesmo de seu antecessor, Black Ops 6. Até o momento, nem a Activision nem a Microsoft comentaram oficialmente sobre o desempenho comercial do título ou se houve algum impacto positivo nas assinaturas do Game Pass, mantendo um silêncio cauteloso sobre o futuro financeiro desta iteração da franquia.